Entenda os impactos do desequilíbrio emocional infantil
17/08/21
Editor Objetivo Penha

 

Os transtornos emocionais estão presentes direta ou indiretamente na vida de todos. Eles podem aparecer em pessoas de todas as idades. Alguns desses transtornos, inclusive, são desenvolvidos ainda na primeira infância, período que compreende do nascimento até os 6 anos de idade. Isso porque os bebês já são capazes de registrar as emoções que enxergam em seus pais.

De acordo com vários estudos científicos, as experiências vividas nos primeiros anos de vida são de grande importância. Isso porque algumas dessas experiências podem ser como um gatilho para diferentes transtornos emocionais.

Ao longo desse período da infância, as experiências de uma criança são assimiladas com base nos seus sentimentos, criando padrões comportamentais que podem gerar consequências pelo resto da vida.

Os diferentes tipos de distúrbios infantis

O período da infância é repleto de transformações, sendo o momento no qual a criança mais se desenvolve no âmbito psicológico e em seus padrões comportamentais.

Dentre os distúrbios mais conhecidos e mais comuns entre as crianças, podemos citar:

  • Ansiedade;
  • Depressão infantil;
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade;
  • Fobias.

Também publicamos aqui no blog alguns transtornos específicos relacionados à aprendizagem. Você pode conferir aqui nesse link.

Principais sintomas de distúrbios emocionais na infância

Os sintomas variam de acordo com o distúrbio. Em alguns casos, podem ser fruto de algum problema eventual e não necessariamente de um transtorno emocional. Dito isso, listamos a seguir quais são os sinais mais frequentes de distúrbios infantis que os pais devem estar atentos:

  • Dificuldade de aprendizado e concentração 
  • Tristeza constante;
  • Timidez exagerada;
  • Insegurança;
  • Irritabilidade e agressividade sem razão aparente;
  • Dificuldade de interagir com outras crianças;
  • Problemas para dormir;
  • Rendimento escolar abaixo do esperado.

Se os sintomas mencionados se tornarem frequentes e começarem a prejudicar a vida escolar e social da criança, os pais precisam identificar a origem do desajuste e tratá-lo da melhor forma possível para que o distúrbio não se intensifique.

O impacto do desequilíbrio emocional no desenvolvimento das crianças

Algumas universidades realizaram, em 2020, um estudo sobre transtornos infantis. O estudo foi fruto do acompanhamento de uma amostra de crianças do ensino público da Grande São Paulo com idade de 4 a 5 anos.

Esse estudo, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em parceria com as Universidades de Columbia e Hopkins, mostrou que 25% das crianças observadas apresentavam algum tipo de transtorno emocional infantil.

Claro, existem muitas nuances nesse estudo que não são regras. Queremos apenas chamar a sua atenção para a necessidade de estar vigilantes quanto ao comportamento dos pequenos. E não substituirmos a devida atenção para a famosa frase clichê: “É só uma fase”.

Alguns dos distúrbios citados nesse artigo podem prejudicar na formação de laços afetivos e influenciam negativamente no desempenho acadêmico.

As crianças que não conseguem enfrentar suas próprias emoções e sentimentos são menos propensas a exercerem sua criatividade e a pedirem orientação ao professor quando precisam de alguma ajuda.

A persistência em um comportamento causado por um desequilíbrio emocional é capaz de influenciar na autoestima, fazendo com que a criança se sinta incapaz e insegura.

Por outro lado, as crianças que se desenvolvem com o seu emocional equilibrado conseguem identificar melhor seus sentimentos, lidar com fracassos, resolver problemas e se relacionar com outras crianças.

As diferenças entre uma criança emocionalmente estável e outra que apresenta distúrbios emocionais, podem ser observadas em diversas situações. Como em uma avaliação escolar, por exemplo. A criança com desequilíbrio emocional infantil, ao se deparar com uma dificuldade, pode perder a concentração ou começar a chorar.

Já a criança com o emocional estável, no mesmo cenário, pode se sentir chateada por não conseguir resolver uma questão da prova. Mas não se deixa abalar na mesma proporção e segue adiante com sua tarefa.

A importância da inteligência emocional

A melhor forma de atenuar ou até mesmo resolver o desequilíbrio emocional infantil é através do incentivo à inteligência emocional. Esse é um conceito importante para pessoas de todas as idades. Segundo Daniel Goleman, autor da obra “Inteligência Emocional”, essa é a capacidade de identificar as próprias emoções e gerenciá-las. A Inteligência Emocional pode ser dividida em cinco habilidades essenciais:

  1. Autoconhecimento emocional: Habilidade de entender os próprios sentimentos.
  2. Automotivação: Saber direcionar as emoções em prol de um objetivo final. Não deixar que a ansiedade e outros problemas atrapalhem sua jornada.
  3. Reconhecimento das emoções no outro: Ter a capacidade de reconhecer o que as outras pessoas estão sentindo (desenvolver empatia).
  4. Relacionamentos interpessoais: Conviver com outras pessoas e os sentimentos que elas demonstram.
  5. Controle emocional: Capacidade de enfrentar as próprias emoções em diferentes cenários.

Pode ser necessário procurar a ajuda de especialistas para trabalhar a inteligência e a educação emocional da criança. É importante compreender quais gatilhos estão causando os transtornos emocionais. É preciso enfrentar o problema para que não haja consequências futuras e prolongadas.

Como os pais podem contribuir para a educação emocional de seus filhos?

O ambiente familiar em que a criança está inserida é o fator que mais contribui para o seu equilíbrio emocional. A cultura do castigo e da punição, por exemplo, é algo que pode deixar marcas profundas e que deve ser substituída por maneiras alternativas de educar.

Entre as sugestões que os pais podem adotar em casa para contribuir na educação emocional de seus filhos, estão:

  • Utilizar a escuta empática, ou seja, tentar entender o que a criança está sentindo e ajudá-la a nomear e diferenciar suas emoções e sentimentos;
  • Reservar ao menos algum momento do dia para passar um tempo de qualidade com a criança, seja para ler, brincar ou praticar algum esporte;
  • Orientar a criança em situações delicadas. Ajudá-la a solucionar seus problemas da melhor maneira.
  • Adotar a técnica da disciplina positiva (Jane Nelsen). A técnica defende que a educação deve se utilizar da firmeza e da gentileza ao mesmo tempo.

Nesse post você viu como os desequilíbrios emocionais podem estar presentes, alguns dos sintomas e seus impactos no desenvolvimento das crianças. Vimos também as habilidades essenciais para estimular a Inteligência Emocional e como os pais podem contribuir na educação emocional dos filhos.

Que tal ampliar um pouco mais essa conversa?

O que você pensa sobre o assunto? Conta pra gente nos comentários.

Um abraço, Time Objetivo Penha.

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