É preguiça ou transtorno de aprendizagem?
28/05/21
Editor Objetivo Penha

Se por um lado as dificuldades de aprendizagem são causadas por problemas externos, por outro lado temos os transtornos de aprendizagem que na maioria das vezes só é percebido quando a criança já passou pelo ensino infantil carregando consigo problemas que já vêm afetando a sua jornada escolar, mas que acabam passando despercebidos pelo fato de não terem sido exigidos da criança.

Geralmente, os transtornos são específicos e afetam apenas uma área do conhecimento (como a leitura, a escrita ou com os números), podem ainda apresentarem-se de forma global afetando várias partes ao mesmo tempo.

Uma característica importante e que deve ser levada em consideração é que o transtorno específico não é considerado uma deficiência intelectual, ao contrário do transtorno global que apresenta uma falha muito grande no desenvolvimento.

Vejamos a explicação de alguns transtornos específicos que dizem respeito à maneira como o indivíduo recebe e processa as informações incorporando-as em suas atividades diárias:

Dislexia – caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas. (Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002).

Abaixo alguns sinais de que segundo a Associação Brasileira de Dislexia, auxiliam o professor a levantar hipóteses diante de uma situação de não aprendizagem:

Sinais presentes já na Pré-escola:

• Dispersão;
• Fraco desenvolvimento da atenção;
• Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem;
• Dificuldade de aprender rimas e canções;
• Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
• Dificuldade com quebra-cabeças;
• Falta de interesse por livros impressos.

Sinais na idade escolar mais adiantada:

• Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita;
• Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
• Desatenção e dispersão;
• Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
• Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.);
• Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de seus pertences;
• Confusão para nomear entre esquerda e direita;
• Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas etc.;
• Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas;

Discalculia – é um transtorno específico causado por uma má formação neurológica que se manifesta dificultando o reconhecimento dos números e do raciocínio lógico matemático. As crianças portadoras de discalculia são incapazes de diferenciar sinais matemáticos, montar contas, seguir sequências, compreender valor de moedas entre outros.

O professor deverá estar atento a esses sinais, pois se não for detectada a tempo esta dificuldade poderá comprometer todo o processo escolar dessa criança, trazendo sérios prejuízos a ponto de torná-la agressiva não querendo desenvolver novas experiências por vergonha ou medo de errar.

No nível de aprendizagem da escrita temos uma subdivisão como segue:

Disgrafia – é um transtorno específico que causa uma alteração funcional na coordenação motora no ato de escrever, afetando a escrita da criança. Neste caso o professor deverá estar atento aos seguintes sinais: postura gráfica incorreta, dificuldades em sua preensão (pega correta ao segurar o lápis usando apenas 3 dedos sendo, polegar, indicador e o dedo médio) e pressão (força empenhada para a escrita), letras desligadas (espaçamento das sílabas na mesma palavra) ou ainda juntas demais, traçado exageradamente grosso que marca o papel ou suave tornando a escrita imperceptível, tamanho da letra muito grande ou muito pequena.

Disortografia – é um transtorno específico caracterizado pela dificuldade de formular e codificar a escrita, insistência em erros ortográficos. Neste é necessário que o professor atente-se à falta de vontade de escrever, escrita de textos curtos, queixas de dores nas mãos e nos braços pois fazem força para escrever. Este transtorno pode aparecer sozinho, ou seja a pessoa lê e escreve bem, mas não consegue fazer o desenho da letra corretamente de forma limpa, como também poderá aparecer junto com a dislexia.

Há ainda o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) que se caracteriza por um comportamento de desatenção, impulsividade e hiperatividade, por conta de uma alteração no cérebro. Apresenta-se na infância e pode acompanhar o indivíduo a vida toda, apesar dos sintomas de inquietude serem mais brandos nesta fase.

O TDAH – é um transtorno que se caracteriza pela combinação de dois sintomas: a inquietação e a desatenção. Os portadores são crianças facilmente denominadas como que vivendo no mundo da lua, estabanados ou ainda indisciplinados, não aceitam regras e limites.

É de extrema importância, que o professor, por estar em constante contato e diante de situações que insiram o aluno no processo de ensino-aprendizagem, tenha claro o reconhecimento das definições distintas dos transtornos e dificuldades de aprendizagem, assim como, os diversos fatores apresentados em uma situação ou outra permitindo desta forma que mesmo diante de suas limitações o aluno possa aprender.

O professor, ao fazer análises, deve levantar hipóteses, rever suas metodologias, ser cauteloso diante de suas abordagens e conclusões, pois suas informações serão repassadas ao profissional especialista da área. Nem escola, nem família, poderá omitir ou relevar nenhuma informação ao fazer relatórios, esses dados são extremamente importantes para o diagnóstico preciso assim como a sua abordagem e estratégia pedagógica.

Através da observação criteriosa do professor é que será feita a detecção do problema e o encaminhamento ao especialista adequado, seja ele médico, psicológo, fonoaudiólogo, psicopedagogo e/ou neuropsicólogo, para que sejam avaliadas as habilidades motoras, linguísticas, cognitivas, emocionais e os atos de ler e escrever só então este profissional poderá recomendar o procedimento necessário diante dos problemas de aprendizagem, para todos os casos é imprescindível o acompanhamento de um especialista, é ele que vai auxiliar professores e pais sobre qual será a melhor abordagem diante desses problemas.

Esperamos que tenham gostado! Aguardem novas postagens no nosso blog!
Até lá!

Elaine Guedes
Coordenadora Pedagógica

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